Fuzil IA2: conheça a nova arma do Exército brasileiro
No início de maio, o Centro de Avaliações do Exército (CAEx) realizou o teste do fuzil IA2 7,62 mm, produzido pela estatal Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL). De acordo com o CAEx, foi feita uma simulação de combate em condições especiais, atentando principalmente para o desempenho do fuzil IA2 após os combatentes saírem do mar. Os resultado foram avaliados ainda no local e também em laboratório.
O fuzil IA2 5,56 mm já é utilizado em várias Organizações Militares do Exército Brasileiro, e o fuzil IA2 7,62 mm ainda não tem data para entrar em serviço. É o primeiro modelo de fuzil 100% nacional e substituirá o IMBEL M964 FAL, usado pelo Exército e pela Marinha do Brasil desde a década de 1960.
Quer saber mais? Confira abaixo todas as informações sobre o fuzil IA2.
Um breve histórico
A primeira versão do fuzil IA2 tinha outro nome: era o fuzil MD-97. O projeto dessa arma começou a ser elaborado entre os anos de 2008 e 2009, mas logo no primeiros testes ficou confirmado que o MD-97 não tinha as características necessárias para substituir o M964 FAL. Apenas a modernização do MD-97 também não seria suficiente. Assim, em 2012, a IMBEL começou a produção de outro fuzil, agora o modelo IA2 7,62 mm.
Desde então, vários testes foram realizados com esse novo modelo, totalizando mais de 70 mil tiros em diversas condições ambientais. Constatou-se que a arma atende aos padrões de confiabilidade, é compatível com os equipamentos individuais dos militares e possui resistência a impactos.
Características
O fuzil IA2 7,62 mm, fabricado pela IMBEL, possui as seguintes características:
- Comprimento: 920 mm;
- Tipo de funcionamento: Semiautomático, Automático e Repetição;
- Peso (sem carregador e sem acessórios): aprox. 4 kg;
- Tempo de escoamento após submersão: 15 segundos;
- Cano: feito de aço forjado a frio;
- Empunhadura: feita de polímero;
- Posições de mira: 150 e 250 metros;
- Regulagem da mira: reguláveis manualmente no plano horizontal e também em altura, sem necessidade de usar ferramentas;
- Alcance: para o fuzil IA2 5,56 mm, o alcance é de 600 m.
Teste do fuzil IA2, realizado no início deste mês. Créditos: Exército Brasileiro.
Preço
O preço do fuzil IA2 varia de estado para estado. A estimativa é que o valor se aproxime dos R$ 13 mil reais. Quanto ao investimento feito pelas Forças Armadas no projeto, esse foi de aproximadamente R$ 50 milhões.
Fuzil IA2 versus M964 FAL
Uma das principais diferenças entre o fuzil IA2 e o M964 FAL é a melhora na ergonomia. A empunhadura diminuiu e agora é feita de polímero, o que permite que a mão segure a arma de maneira mais cômoda. Além disso, possui um guarda-mão com chapa defletora e que isola a temperatura. Isso impede a empunhadura de aquecer demais em caso de disparos contínuos. Com o M964 FAL, era possível fazer até 60 disparos sem aquecimento; o fuzil IA2 permite 200 disparos.
Outra vantagem do fuzil IA2, em relação ao M964 FAL, é ser 30 cm menor e 2 kg mais leve. Assim, após os disparos, a arma não sobe, e a precisão dos tiros é melhor. Sem contar que o fuzil IA2 é mais silencioso, pois seus aparelhos são fixos e provocam menos ruído. Sua coronha rebatível também permite melhor desempenho.
Por fim, uma das características mais elogiadas da arma é o fato de utilizar vários trilhos do tipo picantinny – tanto na caixa de culatra quanto no guarda-mão –, o que permite o uso de vários acessórios.
Fuzil IA2, 100% nacional, fabricado pela IMBEL. Créditos: IMBEL.
Acessórios
Entre os acessórios do fuzil IA2 estão:
- Lunetas;
- Miras Red Dot Sight (RDS) e holográficas;
- Intensificadores de imagem;
- Lanternas táticas;
- Lança-Granadas M203;
- Unidades de controle de tiro;
- Designadores a laser.
Críticas
Uma das principais críticas feitas ao fuzil IA2 foi o fato de não ter uma alavanca de manejo que seja solidária ao transportador do ferrolho. Isso obriga o soldado a desmontar e fazer a manutenção do fuzil durante o combate. Caso não seja viável fazer a manutenção ou limpeza, a arma pode não trancar corretamente, e isso pode levar a uma pane. Se isso ocorrer, o fuzil IA2 também não possui o chamado dispositivo “safa-panes”, o que torna a situação ainda mais complicada.
Outra questão observada em relação ao fuzil IA2 foi sua culatra deslizante, não fixa ao guarda-mão. Por essa característica, a arma não é apropriada para o uso de miras e equipamentos ópticos de precisão, nada efetiva para atiradores snipers. Por causa da força do movimento do ferrolho, a mira acaba sempre desajustada.
O eixo basculante de desmontagem permanece no mesmo lugar em que já estava posicionado no MD964 FAL, também dificultando a manutenção da arma, prejudicando o acesso ao gatilho, à trava e, além disso, a substituição de partes do corpo da arma (ao todo, 200 partes). Há fuzis que deslocaram o eixo para a frente do receptáculo do carregador, abaixo da junção entre o cano e o corpo. Assim, o ângulo de abertura da arma aumenta e os problemas são resolvidos.
Quanto à tecla seletora de tiro, possui um ângulo de 90º. No caso de fuzis moderno, esse ângulo passa a ser de 180º. Um ângulo mais aberto permite que o atirador mantenha a mão na empunhadura e acione a tecla sem esticar demais o dedo. Por fim, a alavanca que aciona o ferrolho continua mais adaptada a atiradores destros, pois fica do lado esquerdo do fuzil e não pode ser mudada de posição.
Utilizadores:
Abaixo, está a lista das forças que utilizam o IA2 em sua versão 5,56 mm:
- Exército Brasileiro;
- Força Aérea Brasileira;
- Marinha do Brasil;
- Força Nacional de Segurança Pública;
- Receita Federal;
- Brigada Militar do Rio Grande do Sul;
- Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul;
- Polícia Civil do Estado de Alagoas;
- Polícia Civil do Estado de Minas Gerais;
- Polícia Civil do Estado de São Paulo;
- Polícia Militar do Estado de Minas Gerais;
- Polícia Militar do Estado do Ceará;
- Polícia Militar do Estado de Rondônia;
- Polícia Militar de Santa Catarina;
- Polícia Militar do Estado de São Paulo;
- Polícia Militar do Estado do Espírito Santo;
- Polícia Militar do Estado do Maranhão;
- Polícia Militar do Estado de Mato Grosso;
- Polícia Militar do Estado do Pará;
- Polícia Militar do Paraná;
- Polícia Militar do Estado do Piauí;
- Diretoria Geral de Administração penitenciária do Estado de Goiás.
Fontes:
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